Diário Canino

Esta seção terá notícias mais objetivas sobre assuntos ligados ao Canil New Kraftfeld.

  • 13 de Janeiro de 2024
  • Os desafios de um recomeço!

Todos os anos, ao chegar o seu limiar para o próximo, nós festejamos, olhamos os fogos de artifício, brindamos felizes e desejamos um feliz ano novo para os nossos amigos e próximos. Mas cada dia é uma nova oportunidade para vivermos melhor, mais felizes e comprometidos com o essencial. A felicidade está no presente e não adianta querermos adiar para o futuro pois esse momento nunca virá se o deslocarmos para outra dimensão do tempo.

O aqui e agora é que importa. E, pelo que aprendi nessa existência até aqui, a felicidade está no simples. Quanto mais tornamos complexa nossa vida mais complicado fica para sermos felizes. Se nossa casa é pequena queremos uma maior. Se ela for maior queremos uma maior ainda. De um apartamento de dois dormitórios vamos para um de tres e depois para uma cobertura. Depois uma casa na praia, um carro novo mais caro. Prestações de financeira para pagar e outras dívidas para vivermos uma vida "melhor". Não paramos nunca. A propaganda nos incute desejos e insatisfações. As mídias sociais nos convencem que a felicidade está na ostentação. Enquanto alguns esbanjam outros passam dificuldades. Mas existem os insatisfeitos que alcançam o essencial mas desejam mais e mais. 

Lembro de uma vez que estava na beira de uma praia do nordeste e passou um homem oferecendo óculos para vender. Conversei um pouco com ele. Gosto de dialogar com pessoas simples. Ele me falou que morava numa cabana onde não tinha nem energia elétrica e nem água. E se dizia feliz. E eu, como médico psiquiatra muitas vezes atendo pessoas com ótimas condições de vida e estão deprimidas. A felicidade não se encontra nos bens materiais, na superfície, ou no mundo externo. Está dentro de nós. Precisamos fazer aquilo que gostamos e pensar antes das escolhas pois quando forem erradas nos aprisionam muitas vezes para sempre.

O jovem costuma agir por impulso, pela libido, pela sua idéia ainda estreita da realidade e costuma optar por caminhos que mais tarde se arrepende. Por isso é importante que os pais orientem bem, embora os filhos nem sempre nos escutem. Mas precisamos passar nossa sabedoria. Se não quiserem aproveitar será uma pena para todos.

Mas a vida é efêmera e geralmente aquilo que tememos que aconteça não acontece. Ocorre algo muito diferente. Que não esperávamos que acontecesse. E daí temos que nos adaptar. A resiliência é uma virtude que precisa ser aperfeiçoada. 

Feliz Ano Nôvo!


  • 06 de Agosto de 2023
  • O American Staffordshire Terrier na vida de todos nós!

O mundo está dividido. Ateus e crentes. Os de direita e os de esquerda. Os muçulmanos e os cristãos. Os do bem e os do mal. No Brasil os do Bolsonaro, os do MBL, os do Lula. Os que apoiam as armas e os que desejam desarmar a população. O que querem abortar e os que são contra. Os que enaltecem a liberdade de expor as genitálias numa parada de orgulho gay e os mais conservadores que querem proteger a liberdade das crianças de não terem que ver essas cenas.

Na esfera canina também existem os que amam e os que odeiam o pitbull e demais membros das raízes do staff. Por não os conhecerem acreditaram nas fake news. Uns escolhem o pitbull achando que seja um diabinho mas descobrem que é um anjinho. Um cão normal. Equilibrado como seu dono quiser que ele seja. Ou, melhor ainda, como o criador fez com que seu plantel e seus filhotes fossem. Mas quando neurotizado por donos psicopatas esse anjinho se torna um demônio. Assim como com o ser humano. Um ser humano mal tratado que não encontra saídas psicotiza. Muitos animais se tornaram psicóticos pela ação do homem. 

Por isso estranho e ao mesmo tempo entendo quando um homem me diz: minha esposa tem medo. Mal ela sabe que um poodle ou um vira-lata seria mais perigoso que um pitbull ou um american staff oriundo de um canil sério.

Mas criar uma raça é um exercício de muita perseverança. Do mesmo modo que viver pois os desafios da existência são diários. Podemos escolher entre a alegria e a tristeza? Será?

Existe um periodo na existência em que ainda podemos fazer escolhas. Depois as correntes nos impedem de voar. Em que fase estás?

Nesse momento estou renovando algumas matrizes e padreadores, tentando condensar meu plantel e por isso estou procurando famílias para ficarem com adultos para serem mais felizes do que conosco. É um prêmio para eles. Ficarem soltos o tempo todo e em contato com uma família é melhor do que morar num canil e ser solto intercaladamente.

O American é um cão carente de afeto. Se puder fica do nosso lado o tempo inteiro. Durante os anos de criação cometi o erro de hipertrofiar meu plantel. Fiz isso para ter muitas opções genéticas de cruzamentos mas isso me trouxe muito mais trabalho, despesas e menor tempo para que os cães fossem soltos. Estou corrigindo gradativamente esse posicionamento. Não irei conseguir esse intento em poucos dias porque encontrar boas famílias que queiram um american adulto não é fácil. Mas já encontrei famílias para a Califórnia, a Cherokee, a Yanka, o Colt, o Fuhrer e vou seguir nesse caminho. Sei onde eles estão morando e recebo fotos deles dormindo até em rede, na cama, vendo TV e assim por diante. Isso que eu quero. Não deixa de ser um plano também para quando eu parar de criar que está nos meus planos próximos. 

Criamos há 32 anos. O tempo passou depressa.  American Staffordshire Terrier é uma raça que preenche lacunas em muitas vidas. Dá um colorido e significado importante para muitas famílias. Cria um vínculo afetivo incomensurável com crianças e adolescentes e se torna um ser inesquecível para milhares de pessoas.


  • 18 de Abril de 2023
  • Comportamento equilibrado!

Há anos atrás eu enviei um american para Belém do Pará. Se chamava Eros. E quem o recebeu foi o Kedson. Ficou fã de nossa criação. Mais tarde adquiriu mais dois. Hoje recebi na minha casa o Higor, irmão do Kedson. Ele havia reservado um macho. Estava de passagem aqui no sul com a esposa. Conheceu Camboriú, Gramado e agora Porto Alegre. Gostou bastante do canil. Sabia de cabeça o nome da maioria dos americans do plantel. É comum isso acontecer quando aparecem os que me acompanham de perto pelo site.

Fiquei feliz e ele adorou o macho que eu havia lhe recomendado. Gosto quando observam de perto como somos, como criamos e como é o temperamento dos nossos americans. Costumo chamar de comportamento equilibrado. Na trajetória dos visitantes de box em box fizeram carinho em todos eles. Tocaram em 28 cães adultos. Nenhum os mordeu e eu nem me preocupei enquanto acarinharam. Sabem porque? Estou junto. E eles reconhecem que são amigos. Caso entrassem sozinhos no canil a recepção não seria a mesma. O american é inteligente.

Lembro uma vez que visitei o canil de um criador de Rottweiler que já faleceu. Os cães espumavam de raiva. Queriam me comer vivo. E ele estava junto. Essa ferocidade não existe no American. Nesses 32 anos em que seleciono a raça procurei escolher cães de temperamento tranquilo. Mas isso não significa que não façam a guarda da casa. Alguns mais do que outros. A Belfast por exemplo é uma guarda fantástica. Ela pegaria um intruso com certeza. E isso me diz que para cada tutor existe um american que casará como luva. Só preciso saber o que a pessoa quer para poder lhe agradar. 

O ser humano é complexo e mutável. Sujeito a manias e depressões. Nos decepcionam com suas instabilidades, indiferenças e injustiças. O american é mais fácil de se entender. Mais constante e afetivo. Leal e fiel. Por isso aprecio tanto o seu comportamento. E, modéstia a parte, um New Kraftfeld é equilibrado.


  • 29 de Outubro de 2022
  • O American e a socialização!

Logo no início, quando comecei a criar (há 30 anos atrás) eu via o american staff como um cão relativamente perigoso em potencial pois naquela época tanto o american pitbull como o Staffordshire estavam no mesmo barco, ou seja, eram pitbulls. E os pitbulls tinham a fama de serem bélicos, selecionados com a finalidade de participarem de rinhas. Na verdade isso foi verdade durante anos porque o homem os selecionava para essa tarefa sórdida. No início do século passado quando só existia o american pitbull terrier o fato de que em 1936 o American Staffordshire Terrier passou a ser o novo nome para um pitbull mais evoluido (dentro dos padróes do AKC) não o fez deixar de ser um pitbull ainda. Havia muita semelhança fenotípica entre eles, ao ponto de nos USA muitos cães terem duplo registro (American Pitbull Terrier pela UKC e American Staffordshire Terrier pelo AKC).

Mas o tempo foi mostrando o quanto o Amstaff como comumente o chamamos seria um excelente cão para conviver em harmonia com cães e gatos. O segredo seria a socialização desde cedo. Quando comecei lembro de uma foto em que apareciam uns 6 americans meus todos juntos e felizes. Mas foram criados nessa saudável convivência.

Com o passar dos anos foram surgindo relatos de pessoas enviando fotos de seus americans entre outros cães, crianças e amigos. E a idéia de um cão perigoso foi logo se dissipando.

Mas é importante que mantenhamos no plantel genéticas confiáveis. Que esses padreadores e matrizes equilibradas geradoras de filhotes com esse temperamento sejam mantidas e que demos ênfase a essa virtude.

Nelson Filippini Almeida


  • 20 de Agosto de 2022
  • A BELFAST está dando uma força para a JADE!

Como nasceram só 3 filhotes da ninhada da Belfast com o Colt e a Jade está sobrecarregada com 10 filhotes desloquei 2 filhotes para a Belfast que aceitou bem. Fiz um teste primeiro com um filhote e no outro dia com outro pois poderia acontecer um acidente se ela não aceitasse. Mas ela lambeu o filhote e o instinto materno predominou. Ainda bem!


  • 11 de Julho de 2022
  • O comportamento do american com crianças!

Existe uma preocupação natural dos pais em relação à segurança dos filhos. Muitos querem que um filho ou filha tenha um amigo canino. Mas na hora da escolha existe a dúvida sobre qual raça escolher. Alguns optam por um cão pequeno julgando que será mais seguro ou fácil de transportar. Principalmente para quem reside em apartamentos.

Quando inciei a criar há 30 anos, se alguém me perguntasse como seria o comportamento futuro de um american que estaria enviando eu não saberia responder com certeza. Com o passar dos anos fui fixando uma característica no meu plantel que é o equilíbrio emocional. Pela seleção nós podemos escolher para fazer parte do plantel os animais mais agitados, os mais tímidos, ou mais agressivos e assim por diante. Talvez pela minha sensibilidade, até por ser psiquiatra, procurava escolher os mais tranquilos mas que tivessem personalidade. Fossem confiantes, ativos, alertas e afetivos. 

Passados 30 anos analiso o comportamento dos nossos americans e agora posso responder com segurança: nunca um american que enviei agrediu um familiar e muito menos uma criança! Isso nos deixa além de felizes, com a convicção que fizemos um trabalho seletivo acertado.

Me enviam fotos de crianças brincando com os americans. Dormindo com eles. Subindo em cima. E assim por diante. Recebo mensagens por whatsapp quase que diariamente comentando algo. Ou me enviando fotos.

Hoje sei que nossos americans são ideais por reunirem qualidades especiais. Ter um cão pequeno pode ser uma questão aparentemente prática. Mas prefiro um cão um pouco maior, de porte médio, como o american stffordshire terrier pois além de seus atributos físicos, de beleza e rusticidade apresenta a utilidade de proteger nossa casa. Um cão de madame pode ser fofinho, chegar perfumado e com uma fitinha de uma petshop. Mas quando o ladrão entrar no terreno rouba o mesmo e ameaça nossas vidas. Já tenho muitos relatos de proteção da família feito por americans que enviamos.

Serei sempre fiel à raça. Não me iludo com modismos. Permanecerei com o american staff até morrer!


  • 11 de Junho de 2022
  • A criação e venda de filhotes!

Quem cria vende os filhotes. Isso vale para um haras que cria cavalos crioulos, para quem cria gado e para quem cria cães. Não conheço ONG que doe cavalos por exemplo. Mas com cães parace que existe um preconceito. Já recebi mensagem do tipo: porque criar cães se tem tantos cães abandonados precisando de doação. Eu faria uma analogia não exata mas que se prestaria para a situação: porque ter filhos se existem tantas crianças abandonadas.

Dentro de um clima democrático toda a pessoa tem o direito de escolher o cão que deseja. Pode ser um Bulldog ingles ou um Poodle. E também um American. Ou talvez adotar um. A vantagem de adquirir de um criador é que ele, se for antigo no ramo, conhecerá a personalidade dos ancestrais e te orientará sobre o que esperar desse cão. De sua genética e de suas características. Um cão adotado é uma loteria. Mas nada impede que se adote. Mas não cabe criticar quem deseje um cão de raça e muito menos o criador que se dedica nessa tarefa.

As pessoas pensam que criar cães é uma maravilha. Multiplicam o valor do filhote pelo número que deu a ninhada e imaginam que o criador está ficando rico. Na maioria das vezes os criadores ou empatam ou precisam tirar do bolso para manter o negócio. Aliás se a força motriz for essa nem vale a pena começar pois as despesas que se tem e o compromisso de 2a a 2a feira não compensam. O ideal é ter poucos cães e ninhadas programadas. Isso que eu deveria fazer mas sempre agi com paixão e multipliquei sempre meus americans e acabei sempre tendo um plantel grande. Assim sempre multipliquei as despesas. Sempre desejei ter várias opções de cruzamentos e só depender de mim e do conhecimento das características do meu plantel.

Aconselho criar com poucos cães para poder soltá-los mais e propiciar um contato maior conosco. Depois de 30 anos criando estou tentando essa tarefa difícil pois não é fácil diminuir pois são vidas as quais nos apegamos. Com já estou completando 70 anos de vida este ano preciso ir me reprogramando pois não sou eterno. E minha criação também não será.

O que eu lamento muito é que a criação de cães passou a estar associada com o marketing e com as mídias sociais que tornaram o cão uma mercadoria.  A pessoa que adquire um cão não raciocina muito nesse aspecto. Geralmente busca valores e se ilude muito com o que os "criadores" informam. Aliás, falando em criadores é interessante como vemos pelo Google criadores que com um belo marketing e fotos afirmam serem os melhores do Brasil. Criadores esses que nunca sequer venceram um ranking de melhor criador do Brasil pela CBKC. Eu precisei também ingressar nesse mundo das informações digitais. Mas faço do meu jeito sem orientação profissional. Faço meus anúncios, edito as fotos e assim por diante. Ao fundo coloco uma música. Geralmente um rock ou um jazz. Bebo um vinho ou um whisky para me acompanhar. 

Existem criadores em todas as raças que fazem um belo trabalho. Mas para se intitular o melhor é preciso ver o histórico, o retrospecto. Eu, vaidosamente mas sem ser arrogante, informo que sou o melhor criador porque venci 6 anos o Ranking de Melhor Criador da raça pela CBKC (ninguém ainda bateu esse record) e com um detalhe, o último ano que disputei foi em 2010. São 12 anos de oportunidade para alguém me ultrapassar. Falo isso porque não gosto de propaganda enganosa. E também não gosto que o meio cinófilo seja tão desunido e egocêntrico. Foi isso que me afastou das exposições e ainda não encontrei motivação para retornar. Envio americans que poderiam ser campeões mas as pessoas não levam em exposições. E eu não as critico pois cada um faz o que bem entende de sua vida. E de seus cães. O que me importa é que o filhote que eu envio seja feliz. E estando solto no pátio e feliz com sua família é o que me satisfaz mais.

Retornando ao tema eu reitero o péssimo caminho que a cinofilia está tomando permitindo que surjam vendedores de cães aos quatro ventos. Existe legislação que exige que um canil tenha Alvará na Prefeitura e veterinário responsável técnico. Quem possui? A imensa minoria. Com custos baixos negociam por valores baixos e competem com o criador sério. Assim muitos desistem e só continuam os pequenos, de fundo de quintal ou aqueles que possuem outra atividade para manter o canil. Eventualmente alguém lucra um mes ou outro. Mas a maioria desiste. E a raça também desiste de existir em sua plenitude. Lembram como existiam criadores de certas raças que hoje estão fora de moda? Isso acontece por falta de filosofia, critérios e proteção das entidades cinófilas. E porque o ser humano geralmente pensa primeiro no lucro e depois no âmago de seu empreendimento. E quando vidas estão sendo negociadas é mister que haja uma filosofia e sensibilidade. 

Mas, como dizia o filósofo: não existe bem que sempre dure nem mal que nunca acabe. Enquanto isso perseveremos!


  • 31 de Janeiro de 2022
  • As ninhadas!

Ontem tiramos os filhotes da Ruby com o Texas do canil e colocamos numa área de terra e grama abaixo de uma figueira. Estão correndo e brincando bem felizes. Separamos da mãe que já não tinha paciência com eles e rosnava com latidos. E como já estão comendo sozinhos tomamos a atitude. Os filhotes da Jade com o Steppenwolf já estão com 15 dias. Terei que fotografar e colocar no site. São 7 machos e apemas uma fêmea. É lindo ver a evolução dos filhotes e fazer amigos com as pessoas que os recebem como novos tutores. Esse elo de ligação tem seu encanto e nos motiva a prosseguir criando a despeito do trabalho e compromisso. 

O american é um cão maravilhoso e nos surpreende dia a dia.


  • 11 de Janeiro de 2022
  • Amor e perseverança!

O dia a dia nos cuidados de um plantel com 25 adultos e mais as ninhadas exige muita perseverança pois são 30 anos envolvidos na criação. Quando atualizo as fotos de um pedigree e vejo os antepassados me toca o coração pois muitos não estão mais aqui no planeta mas algo de cada um deles percebo na prole atual. Essa perenidade ou "eternidade" é obtida quando perseveramos na seleção mantendo um tronco ou esqueleto genético. Se nós sempre abandonamos o obtido e começamos do zero não criamos. Apenas fazemos cruzamentos. Nesse processo de cruzar, observar, manter e eliminar aperfeiçoamos o plantel e obtemos um cenário pessoal que gera o nome de uma criação que é reflexo do criador. 

Essa vivência nos gera as bases e com o passar dos anos é sedimentado um trabalho construido com amor e ciência. Sem amor e perseverança nada se consegue nessa vida que tenha real valor ou sentido.


  • 22 de Dezembro de 2021
  • Lindas ninhadas!

Estamos trabalhando bastante nos cuidados com as ninhadas da Baby Face, da Califórnia e da Ruby. Na medida em que tirar novas fotos irei atualizando no site. Quero desejar um Feliz Natal a todos que acompanham nosso site em especial aos membros da Família New Kraftfeld.


  • 06 de Dezembro de 2021
  • Novas ninhadas!

Nesse momento os filhotes da Baby Face se desenvolvem e em breve estarão comendo sozinhos. A Califórnia está com filhote do Colt. Estão com tres dias de vida apenas. A parte mais bela da criação é observar a evolução dos filhotes e deixar as famílias felizes ao receberem o fruto de nosso trabalho.


  • 13 de Setembro de 2021
  • Depois de belas ninhadas o que dizer? 30 anos criando.

Foi um período de belas e numerosas ninhadas que geraram muito trabalho e despesas. Não gosto de ter ninhadas num número maior do que planejo mas acidentes as vezes acontecem. As vezes fico um período sem filhotes e as vezes tenho num número maior do que o planejado. Se duas ninhadas planejadas não dão certo ou se só nasce uma ninhada das duas programadas e sobrevivem apenas dois filhotes fico sem filhotes. O que me frustra. Acabo preferindo ter mais para que não falte. Mas não existe outra forma de ver a criação. Ou nos atiramos de corpo inteiro ou não geramos gerações de americans que perpetuam a espécie. Quanto mais americans New Kraftfeld forem entregues mais meu trabalho de seleção faz sentido e influencia as gerações vindouras.

Estrutura, beleza e temperamento confiável. Essa é a minha meta sempre. Desculpe ter me ausentado nesse espaço do diário canino por alguns meses. Estava em função. 

Estamos agora reformando os canis. Mas a chuva tem atrapalhado. Mas entre a primavera e o verão creio que estaremos prontos. O tempo desgasta tudo e precisamos reformar e manter. 

Estava conversando com meu filho de 21 anos sobre alguns americans do passado e ele me perguntou: mas eu já havia nascido? Daí me dei conta que esses americans remontavam de épocas que eu nem havia pensado em ter um novo filho. Estava ainda separado do meu primeiro casamento. No princípio do segundo casamento que ainda dura 30 anos. São cinco filhos de dois casamentos. Creio ter algum sangue árabe.

Mas, voltando aos americans, lembrei de 3 americans que foram meus primeiros exemplares e que não esqueço das histórias que eles geraram na minha memória.

Desde 1991 já entreguei mais de mil americans. Tres décadas criando a raça. Nunca imaginei que ficasse tanto tempo envolvido com uma raça de cães. O american mudou a minha vida. Assim como os Beatles na minha adolescência. Não sei quanto tempo ainda criarei. Certas raças tiveram um boom que durou alguns anos e depois sumiram de interesse. Algumas raças que foram moda sumiram. Restaram poucos criadores. O interesse pelo American ocorreu na sequência no Pitbull por se entender que seria uma evolução do mesmo. Mas o comércio das raças torna as raças comuns e isso mina o mercado e acaba explodindo o interesse daqueles que criam apenas pelo dinheiro. Na verdade quem faz isso não é criador. É um cruzador! Essas pessoas pegam a raça como um pano molhado, apertam e torcem e quando não existe mais água jogam o pano fora. O mercado gerou variantes do american, como por exemplo o Bully ou a variante do pitbull chamada Monster. O ser humano é criativo e busca variantes. Mas essas variantes são estéticas e não funcionais.

Sou fiel ao American Staffordshire Terrier que considero em suas bases um cão perfeito. Eu os amo e estarei sempre em dívida com eles pois recebi mais do que dei. Talvez não porque a semana inteira estamos envolvidos com eles. Seja como for é uma grande aliança. Me manterei nesse mesmo propósito e ideal até um dia parar. Mas, quando esse dia chegar terei a consciência de que fui coerente.